quinta-feira, 19 de agosto de 2021

A HISTÓRIA DE DAVID HUME

 


 

A HISTÓRIA DE DAVID HUME

       David Hume foi um filósofo e historiador escocês nascido em 1711 e falecido em 1776. Hume está entre os pensadores que mais contribuíram para o surgimento da Psicologia como ciência. David estudou na universidade de Edimburgo e, ao contrário da maioria dos filósofos da sua época, David nunca foi professor universitário. 

    David Hume trabalhou no comércio por um tempo e depois se tornou professor particular, bibliotecário e secretário profissional.

         David foi indicado algumas vezes para trabalhar no ensino superior, mas o clero escocês foi contra, Hume era cético em relação às crenças religiosas e seus atritos com a igreja eram constantes.

         David considera que a criação é um enigma, um mistério e quanto mais buscamos informações sobre a criação, sobre o todo mais criamos dúvidas e incertezas, ele questionava os fatos, as opiniões e até mesmo as crenças estabelecidas. Para David a religião era impraticável e irracional, pois o temor que as pessoas tinham de Deus e do inferno exercia grande influência sobre a vida delas, como a igreja acreditava.

         Hume suponha que os pecados mortais eram invenções assim como evitar certos alimentos e frequentar rituais. Além do mais ele acreditava que a religião gera perseguições, fanatismos, brigas e censuras.

         Para David, entender a natureza humana era essencial, assim ele propôs a ciência do homem, que é o estudo da natureza humana, também conhecida como Filosofia Moral. A Filosofia Moral pode ser tratada de duas formas diferentes:

A primeira delas:

- Considera o homem como: Nascido para ação

-Influenciado pelo gosto e pelo sentimento

-Perseguindo um objeto e evitando outra

A segunda:

- Valor que esses objetos parecem possuir

- A virtude como o mais valioso objeto

Os filósofos consideram a natureza humana objeto de especulação e a examinam com um rigoroso cuidado. 

         “O mero filósofo é geralmente uma personalidade pouco admissível no mundo, pois supõe-se que ele em nada contribui para o benefício ou para o prazer da sociedade, porquanto vive distante de toda comunicação com os homens e envolto em princípios e noções igualmente distantes de sua compreensão”.

         David Hume diz que: O homem é um ser racional. Sociável e ativo. Como ser racional recebe da ciência sua adequada nutrição e alimento. Como ser sociável nem sempre pode usufruir de uma companhia agradável e divertida. “O homem também é um ser ativo, e esta tendência, bem como as várias necessidades da vida, o submete necessariamente aos negócios e às ocupações”. No entanto, o espírito e corpo precisam de repouso já que não podem ficar voltados somente para o cuidado e o trabalho.

    As teorias baseadas no método experimental de raciocínio desenvolvidos por Hume teve duas partes, a parte das impressões e a parte das ideias. E ele acredita que todo conhecimento é derivado dos sentidos e não da razão, e esse foi um dos seus principais objetivos de investigação, identificar a filosofia moral ou ciência da natureza humana.

         “Quando refletimos sobre nossas sensações e impressões passadas, nosso pensamento é um reflexo fiel e copia seus objetos com veracidade, porém as cores que emprega são fracas e embaçadas em comparação com aquelas que revestiam nossas percepções originais”.

         David Hume desenvolveu suas teorias baseadas no método experimental de raciocínio o qual ele dividiu em duas partes, a parte das impressões e a parte das ideias. A teoria do conhecimento de David era baseada em sua interpretação das percepções da mente ou ideias que eram as percepções mais fracas e das impressões, que eram as percepções mais intensas.

         A teoria das impressões estava associada aos sentidos do ser humano, as percepções mais fraca, a representação de algo que imaginamos ou lembramos. O filósofo David Hume defendeu que nossos pensamentos ou ideias têm origem em tudo que vivemos, ou seja, em nossas experiências.


         Segundo Hume: A imaginação humana era dotada de uma capacidade de unir naturalmente as ideias na mente, e essas ideias eram organizadas mediante o princípio da associação de ideias, que é descrito pelo Hume como uma tendência das ideias sugerir uma outra ideia ou fato. Existem três leis que tentam explicar essas tendências: a lei da semelhança, a lei da contiguidade e a lei da causalidade. Na lei da semelhança explica-se que certas ideias evocam em razão da semelhança. Já a lei da contiguidade, duas ou mais ideias adquirem a propriedade de associar-se e evocar-se mutuamente, isso quando elas já estiverem contiguas no espírito, enquanto que a lei da causalidade é a relação de uma ideia A com uma ideia B, sendo que a segunda ideia é consequência da primeira. A causalidade liga dois processos, sendo uma causa e o outro efeito, sendo eles um dependente do outro.

         “Todas as ideias, especialmente as abstratas, são naturalmente fracas e obscuras; o espírito tem sobre elas um escasso controle; elas são apropriadas para serem confundidas com outras ideias semelhantes, e somos levados a imaginar que uma ideia determinada está aí anexada se, o que ocorre com frequência, empregamos qualquer termo sem lhe dar significado exato. Pelo contrário, todas as impressões, isto é, todas as sensações, externas ou internas, são fortes e vivas; seus limites são determinados com mais exatidão e não é tão fácil confundi-las e equivocar-nos”.











Referências:

HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. Lisboa: Edições 70, 1998.

REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: de Spinoza a Kant. 2ªed. São Paulo: Paulus, 2007. (https://pensamentoextemporaneo.com.br/?p=640 )

HUME, David. Ensaio sobre o entendimento humano. Texto 5 – Seção I, II, III. 

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/david-hume-e-o-empirismo-britanico-o-argumento-cetico-que-abalou-a-filosofia.htm 

https://mundoeducacao.uol.com.br/biografias/david-hume.htm







 

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