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David Hume foi um filósofo e historiador escocês nascido em 1711 e falecido em 1776. Hume está entre os pensadores que mais contribuíram para o surgimento da Psicologia como ciência. David estudou na universidade de Edimburgo e, ao contrário da maioria dos filósofos da sua época, David nunca foi professor universitário.
David Hume trabalhou no comércio por um tempo e depois se tornou professor particular, bibliotecário e secretário profissional.
David foi indicado algumas vezes para trabalhar no ensino
superior, mas o clero escocês foi contra, Hume era cético em relação às crenças
religiosas e seus atritos com a igreja eram constantes.
David
considera que a criação é um enigma, um mistério e quanto mais buscamos
informações sobre a criação, sobre o todo mais criamos dúvidas e incertezas,
ele questionava os fatos, as opiniões e até mesmo as crenças estabelecidas.
Para David a religião era impraticável e irracional, pois o temor que as
pessoas tinham de Deus e do inferno exercia grande influência sobre a vida
delas, como a igreja acreditava.
Hume suponha
que os pecados mortais eram invenções assim como evitar certos alimentos e
frequentar rituais. Além do mais ele acreditava que a religião gera
perseguições, fanatismos, brigas e censuras.
Para David,
entender a natureza humana era essencial, assim ele propôs a ciência do homem,
que é o estudo da natureza humana, também conhecida como Filosofia Moral. A
Filosofia Moral pode ser tratada de duas formas diferentes:
A primeira delas:
- Considera o homem como: Nascido para ação
-Influenciado pelo gosto e pelo sentimento
-Perseguindo um objeto e evitando outra
A segunda:
- Valor que esses objetos parecem possuir
- A virtude como o mais valioso objeto
Os filósofos consideram a natureza humana objeto de especulação e a examinam com um rigoroso cuidado.
“O mero
filósofo é geralmente uma personalidade pouco admissível no mundo, pois
supõe-se que ele em nada contribui para o benefício ou para o prazer da
sociedade, porquanto vive distante de toda comunicação com os homens e envolto
em princípios e noções igualmente distantes de sua compreensão”.
David Hume diz que: O homem é um ser racional. Sociável e ativo. Como ser racional recebe da ciência sua adequada nutrição e alimento. Como ser sociável nem sempre pode usufruir de uma companhia agradável e divertida. “O homem também é um ser ativo, e esta tendência, bem como as várias necessidades da vida, o submete necessariamente aos negócios e às ocupações”. No entanto, o espírito e corpo precisam de repouso já que não podem ficar voltados somente para o cuidado e o trabalho.
As teorias baseadas no método experimental de raciocínio desenvolvidos por Hume teve duas partes, a parte das impressões e a parte das ideias. E ele acredita que todo conhecimento é derivado dos sentidos e não da razão, e esse foi um dos seus principais objetivos de investigação, identificar a filosofia moral ou ciência da natureza humana.
“Quando
refletimos sobre nossas sensações e impressões passadas, nosso pensamento é um
reflexo fiel e copia seus objetos com veracidade, porém as cores que emprega
são fracas e embaçadas em comparação com aquelas que revestiam nossas
percepções originais”.
David Hume
desenvolveu suas teorias baseadas no método experimental de raciocínio o qual
ele dividiu em duas partes, a parte das impressões e a parte das ideias. A
teoria do conhecimento de David era baseada em sua interpretação das percepções
da mente ou ideias que eram as percepções mais fracas e das impressões, que
eram as percepções mais intensas.
A teoria das
impressões estava associada aos sentidos do ser humano, as percepções mais
fraca, a representação de algo que imaginamos ou lembramos. O filósofo David
Hume defendeu que nossos pensamentos ou ideias têm origem em tudo que vivemos,
ou seja, em nossas experiências.
Segundo Hume:
A imaginação humana era dotada de uma capacidade de unir naturalmente as ideias
na mente, e essas ideias eram organizadas mediante o princípio da associação de
ideias, que é descrito pelo Hume como uma tendência das ideias sugerir uma
outra ideia ou fato. Existem três leis que tentam explicar essas tendências: a
lei da semelhança, a lei da contiguidade e a lei da causalidade. Na lei da
semelhança explica-se que certas ideias evocam em razão da semelhança. Já a lei
da contiguidade, duas ou mais ideias adquirem a propriedade de associar-se e
evocar-se mutuamente, isso quando elas já estiverem contiguas no espírito,
enquanto que a lei da causalidade é a relação de uma ideia A com uma ideia B,
sendo que a segunda ideia é consequência da primeira. A causalidade liga dois
processos, sendo uma causa e o outro efeito, sendo eles um dependente do outro.
Referências:
HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. Lisboa: Edições 70, 1998.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: de Spinoza a Kant. 2ªed. São Paulo: Paulus, 2007. (https://pensamentoextemporaneo.com.br/?p=640 )
HUME, David. Ensaio sobre o entendimento humano. Texto 5 – Seção I, II, III.
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