Descartes se reunia com vários
filósofos para entender a ideia de cada um deles, analisando cada uma delas
para que depois pudesse de alguma forma formar sua opinião. Descartes criava
argumentos e defendia a sua própria opinião, uma hora concordando com as
opiniões dos outros, e em outras discordando de tais opiniões, com isso René
nem sempre agradava por onde ele chegava.
René viajou o mundo para tentar
entender o mundo e as pessoas, cada uma com seus pensamentos e opiniões,
buscando entender com absoluta certeza todas as coisas para não errar.
Descartes considerava verdadeiras
muitas opiniões equivocadas, estabeleceu princípios que ele mesmo achou
suspeito, impressivo e mal equivocado, com isso Descartes foi tentando cada vez
mais com seriedade e sempre tentava de novo, sempre começava tudo novamente
quando percebia que naquele momento as opiniões não erram corretas. René passou
horas e dias estudando para poder começar a partir de fundamentos sólidos e
duradouros, no entanto ele demorou anos para executar e formar suas opiniões e
dividi-las com o mundo.
Descartes julgava ser ainda novo e esperou certa idade para fazê-lo enquanto isso se manteve estudando, além do mais René sentia que precisava viver longe das preocupações e das pessoas, vivendo na solidão para só assim conseguir colocar as suas antigas opiniões em prática.
Com isso, Descartes iniciou seus
estudos quando teve duvida da sua existência, concluindo então que uma
consciência clara do seu pensamento podia provar sua existência. Foi quando ele
resolveu se expressar através da seguinte afirmação: “Penso, logo existo”.
René Descartes não acreditava nas
informações recebidas através de nossos sentidos, por este motivo descartou
tudo que sabia, tentando de alguma forma provar com satisfação todo
conhecimento e todas as informações. Ele acreditava que por meio da razão podia
ser adquiridos o conhecimento sobre as verdades eternas, já que são ideias que
já nascem com o ser humano, sem precisar ter a experiência para adquirir.
O EXPERIMENTO DE HILARY PUTNAM - O Cérebro Numa Cuba foi citado pela primeira vez em 1981 pelo filosofo Hilary Putnam, este experimento mental nos faz refletir sobre o que questionar do que ouvimos e vemos. O experimento de Putnam era de um cérebro flutuando em um líquido dentro de uma cuba, onde este mesmo cérebro estaria sendo estimulado por um computador.
A ideia
de Putnam era fazer as pessoas perceberem um mundo inteiro ao seu redor,
através deste experimento ele discutia a ideia de que um ser humano poderia se
manter com o cérebro vivo, mesmo depois de ter sido retirado de si. Ele
imaginava que o cérebro poderia se manter vivo, dentro de uma cuba com
nutrientes que o manteria ali vivo e consciente através das terminações
nervosas do cérebro. Mesmo sabendo que o cérebro numa cuba não tem órgãos
sensoriais, pensava ele que o cérebro sobreviveria ali vivo e consciente de
tudo que estava acontecendo.
A ideia de Descartes era reconstruir o edifício do conhecimento humano fazendo com que fossem inabaláveis. No entanto, durante seus estudos percebeu que não podia confiar nos nossos sentidos e na confusão que era criada pelo nossos sonhos. Com isso suas dúvidas eram constantes em relação às crenças e opiniões. Ele se questionava sobre o que era real e o que não era real.
Putnam por outro lado, tenta usar o conceito de cérebro numa cuba inspirado no gênio maligno de Descartes para tentar desafiar a nossa mente, questionando se nós conseguimos provar que não somos um cérebro vivo dentro de um tanque com nutrientes.
“No sane person should believe that something is 'subjective' merely
because it cannot be settled beyond controversy.”
(“Nenhuma pessoa sã deve acreditar em algo 'subjetivo' simplesmente porque não pode ser resolvido sem controvérsia”).
REFERÊNCIAS
Hilary. Cérebro numa cuba. 1981.
DESCARTES, René. Primeira e segunda meditação. 1641.
https://divagacoesligeiras.blogs.sapo.pt/o-cerebro-numa-cuba-532725
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