A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO
“O espetáculo é ao mesmo
tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
Enquanto parte da sociedade, o espetáculo concentra todo o olhar e toda a
consciência. Por ser algo separado, ele e o foco do olhar iludido e da falsa
consciência: a unificação que realiza não é outra coisa senão a linguagem
oficial da separação generalizada.”
“Nosso tempo, sem dúvida,
prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a
aparência ao ser...” (Feuerbach – Prefácio à segunda edição de A Essência do
Cristianismo).
Guy Debord tem o objetivo
de mostrar vários conceitos do que seja de fato o espetáculo, através de
diversas comparações citadas no texto do capítulo 1, onde ele intitula como “A
separação consolidada”. As metáforas que ele usa para descrever o espetáculo
nos mostra que vivemos num círculo sem fim, onde a realidade se perde em meio
as encenações. No entanto, ele nos mostra que o espetáculo faz parte da
sociedade e de todos os seres vivos que nela habita. E ele diz: “O espetáculo
não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizada
por imagens”. Ou seja, tudo aquilo que você possa passar de informação para o
próximo é conhecimento.
É no espetáculo onde o
mundo real se transforma em simples imagens , que se tornam seres reais, que se
comunicam, divulgam, mostram e disseminam o conhecimento. O espetáculo é a
mesma coisa de se expor, é se colocar em situação de exposição para chamar a
atenção para si mesmo. É a necessidade de se auto promover, “ele é o seu
próprio produto, e ele próprio fez suas regras”.
“A
própria expressão “sociedade do espetáculo” pode dar margem a interpretações
equivocadas, se for entendida como o poder que as imagens exercem na sociedade
contemporânea. É certo que Guy Debord, o criador do conceito de “sociedade do
espetáculo”, definiu o espetáculo como o conjunto das relações sociais mediadas
pelas imagens”.
Debord
também deixou claro que é impossível a separação entre essas relações, relações
de produção, sociais e as de consumo de
mercadorias. “A sociedade do espetáculo corresponde a uma fase específica da
sociedade capitalista, quando há uma interdependência entre o processo de
acúmulo de capital e o processo de acúmulo de imagens”.
”O
papel desempenhado pelo marketing, sua onipresença, ilustra perfeitamente bem o
que Debord quis dizer: das relações interpessoais à política, passando pelas manifestações
religiosas, tudo está mercantilizado e envolvido por imagens. Mas, se a
sociedade do espetáculo só pode ser compreendida dentro do contexto da
sociedade capitalista, isso não quer dizer que só nessa forma de vida social
ocorre a produção de espetáculos.”.
“As paixões já foram
suficientemente interpretadas; o objetivo agora é descobrir novas paixões”.
No video seguir, você irá entender o conceito de sociedade do espetáculo,
criado por Guy Debord (1931-1994). A grosso modo, no vídeo de 5 minutos serão
abordados os seguintes assuntos: Contexto da criação do conceito, a definição e
a atualidade do conceito.
O autor definiu o espetáculo como o conjunto das relações sociais
mediadas pelas imagens.
Como podemos relacionar o conceito de Debord com a nossa sociedade
contemporânea totalmente conectada? Tudo isso, e muito mais, você verá no
vídeo a seguir gravado pela Professora Fernanda Feijó da UNESP e pela aluna Larissa
Lopes da UFAL.
Sociedade do espetaculo -Prof.Fernanda
SOCIEDADE DO ESPETÁCULO-GUY DEBORD
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